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BONELLI NA FRANÇA


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"2 h 1/2"

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Bonelli na França: 2 h 1/2 de leitura
por Marco Gremignai
traduzido por Julio Schneider


Os quadrinhos Bonelli sempre tiveram, na França, um discreto sucesso: Zagor, por exemplo, foi publicado durante muitos anos por um editor de Lion, ainda que num formato diferente do italiano. Por outro lado, o público francês é habituado a álbuns cartonados de grande formato, com aventuras coloridas de 48-60 páginas, sem periodicidade fixa.

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Contudo, foi extremamente interessante a publicação da coleção 2 heures 1/2 ("2 horas e meia", ou seja, o tempo estimado para a leitura de cada volume), vinte números que saíram com periodicidade trimestral entre 1993 e 1995, graças à colaboração entre a Sergio Bonelli Editore e a Editions Glénat. Nessa coleção foram publicados, no seu formato habitual e em branco-e-preto, os "novos heróis" da Bonelli: Martin Mystère, Dylan Dog, Nick Raider e Nathan Never. Cada volume, vendido por 59 francos (há que se ter em mente que os quadrinhos franceses custam muito mais que os italianos; ao câmbio atual custariam na Itália cerca de 17500-18000 liras, e no Brasil 16-17 reais), apresentava duas ou três aventuras, num total de 304 páginas.

Para o mercado francês era uma experiência bastante inovadora: ainda me recordo da surpresa que tive quando, durante uma estada em Paris em 1994, tive em mãos alguns desses volumes, traduzidos de modo bastante correto, vagamente semelhantes aos Oscar Mondadori (nos quais, para os "novos heróis", geralmente eram reunidos cinco episódios, num total de cerca de 500 páginas).

A experiência se interrompeu depois de dois anos: seria interessante conhecer os bastidores dessa colaboração editorial, quais foram os acordos iniciais entre Bonelli e Glénat, qual era a tiragem prevista, quanto sucesso tiveram Dylan e os outros heróis... Contudo, vejamos mais de perto algumas características da coleção.

Os personagens. Na relação completa dos episódios fica evidente o predomínio de Dylan e Martin, aos quais foram reservados seis números para cada um; logo atrás, Nathan, com cinco números. A Nick foram reservados apenas três números: escassa resposta do público ao personagem ou ponderada opção editorial desde o início?

Os títulos dos volumes. Cada volume traz na capa, extraído de uma das aventuras de seu interior, um título, o qual não se refere necessariamente à primeira aventura ou àquela mais "representativa" do volume: basta pensar no primeiro Nathan, intitulado La force invisibile e não, como se poderia esperar, Agent Spécial Alfa.

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A escolha dos episódios. Os primeiros quatro números, publicados ao mesmo tempo em maio de 1993 (na continuação serão publicados dois números a cada três meses, mais ou menos), propõem uma visão conjunta de cada personagem, descontando-se a presença dos números um de cada série (à exceção de Nick Raider).

Os autores. Em seguida, são privilegiados outros episódios "importantes", sempre (com a parcial exceção de Nathan Never) num âmbito estilístico o mais uniforme possível, agrupando-se aventuras escritas em grande parte por autores "históricos" (Sclavi, Castelli e Nizzi) e ilustrados por um único desenhista. De se registrar o "sucesso" pessoal de Casertano e Roi, presentes ora em Dylan, ora em Martin.

As capas. Claudio Villa foi o autor de quase todas as capas, à exceção de três de Nathan Never, confiadas a Castellini. Para a ocasião, Villa "reinterpretou" as capas originais (com resultados, como de costume, ótimos) como fará em seguida para os Super Book de Dylan Dog.

As traduções. Os títulos dos episódios saíram praticamente ao pé da letra, com a única exceção de Dez anos depois que se transformou em O mistério da Sagrada Família (Martin Mystère). Os textos, porém (como já apontado), são traduzidos sem infâmias e sem exageros: deve-se recordar, contudo, que não é simples traduzir, por exemplo, os nonsense e os trocadilhos de Groucho...

A curiosidade. Imperdível, para um leitor francês, o n. 17 da Coleção, dedicado a Martin Mystère: na aventura A foice do druida aparece Asterix, verdadeiro "herói nacional" dos quadrinhos franceses, numa divertida interpretação sob o nome de Celerix.

As conclusões. Por que apenas vinte números? Experiência interessante mas com parco sucesso? Vendas discretas mas insuficientes? Como dizia no início, seria interessante saber algo mais, quem sabe dos próprios leitores franceses... Façam-nos saber!

Continua... aventuras publicadas
 
 


 
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